quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Coisas antigas ou Diálogos com meu querido...

Quantas pessoas somos capazes de amar?
Quantos tipos de amor podemos sentir?
Onde o amor vai parar quando acaba?
Os olhos brilhantes não mais confortam
Eles fitam paredes brancas, mesas e cadeiras
Há somente cansaço e respeito
Cadê o amor?
Os cabelos agora ondulam em outra direção
Enquanto as palavras são temidas e avaliadas
E o vento gelado não mais suavisa o suor quente
Besteiras sentimentais diriam os tolos
Estes que se crêem sábios
Bobeiras demais diriam os calculistas otimizadores de sobrevida
Devaneios infantis diriam os experientes
Experimentados pela própria violência
De ter perdido a estrutura óssea da própria alma
Então... cadê o tal amor?
Não sentimos o corpo cair com sua perda
Será que além do coração somos todos pedras
E ficaremos parados como estátuas
Para ficarmos expostos tendo o tempo como única - e fiel - platéia?
Não.
Cada pessoa que fomos capazes de amar virá nos ver
E a cada olhada nos será restituído um pouco
Do amor sentido
Quando enfim
Não seremos mais pedras...

2 comentários:

_E se eu fosse puta...Tu lias?_ disse...

Tantas questões levantadas
Tantas dúvidas despertas
Tantas lesões não saradas
Tantas luzes de alertas

Saravá
coisas antigas mal resolvidas
Saravá
diálogos com meu querido sempre amigo!

******************bom fim-de-semana

Anônimo disse...

estranho que tantas dessas questões me ressoem na mente constantemente. Se bem que uma delas não me faz sentido: para onde vai o amor? Eu acho que ele fica no mesmo sitio. Eu acho que o sinto sempre, nunca deixei de amar quem amei uma vez. Mas talvez seja eu que seja tão disfuncional que não saiba canalizar emoções e mantenha deliberadamente laços com pessoas do passado que não me querem.

quem sabe. eu pouco sei, acerca das coisas sérias da vida, nada.