sexta-feira, 12 de julho de 2019

Espinha

É tanta dor
Que me marca
O interior
O mundo abarca
Já nem sinto as pernas
Parecem dores eternas
Mas também espasmos
Pasmo
Me falta a força
Por mais que minha coluna se retorça
Não há paz
Há sempre mais
Por doer
A me roer
Corroer
Acinzentar o prazer
Capaz de me perder
Se não há o que fazer
Nulos remédios
Como uma floresta de prédios
Indiferentes aos ipês
Todos os três
Todos vocês
Vãos
Rasgados
Passados
Partidos
Padecidos
Apartados...