sexta-feira, 6 de março de 2009

Entendimentos ou Círcular...

Era reto
Fez circular
Parou
Olhares perdidos
Nada estava completo
Arquipélago insular
Só divagou
Sobre tempos idos
Sem nunca chegar
Tanto veto
Quase se negou a continuar
Mas era pródigo no indefinido
E por indefinição
Aceitou o arpão
E se pôs a versar
Escrevendo como devia ser lido
Deixou de tratar da pluralidade dos símbolos
Simbolicamente preferindo o chão
Que ainda tardaria para o céu chegar
Que os embolos
Estavam presos em tantos rolos
Deveras complicados de desembaraçar
Então pra que consolo?
Já que por algum lugar se começa
E ele sem pressa
Fez seu assento
Puxou do ar
Um vento
E foi nessa
Sem nenhuma fineza
Até com tapa na mesa
E textualidade que não se meça
Afinal era preciso romper a represa
De todos aqueles entendimentos
Quer fossem lentos
Quer solares
Eram mais que insulares
Tinham seus próprios movimentos
E qualquer leitor atento
Os veria circular...

12 comentários:

Sombra de Anja disse...

Quando venho cá quero ser a única..mas aos génios não se pede exclusividade, então tenho que te dividir com o resto do mundo.

Beijos

Sombra de Anja disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Unknown disse...

Acho que eu vi os movimentos circulares, e ainda estou envolta neles... adorei!
Beijos

Sr do Vale disse...

Grande parceiro salve Salve Jorge.
Não sabia como fazer diferente, então fiz igual.
Uma homenagem simples e singela ao grande poeta.
O premio carmim, tá lá no Partículas do Pessoal.

http://particulaspessoal.blogspot.com/

abraços

Mah disse...

circula o círculo que circularmente cilíndrico se torna um coração cínico?

com cores coloridas?
com caras cálidas !
com calados carinhos...

Ju disse...

circulos são
eternas linhas curvas
linha também é
limite entre o céu e chão...

beijim............; )

Ego. disse...

êta saudade desse movimento todo,
que me deixa tonta e encantada!
:)

Bjus e salve guerreiro*

Fi disse...

Saudade dessa forma
Única, espectacular
Que faz da recta a toma
De um círculo singular

Rodo e continuo
No enredo dessa geometria
Que te faz único, fascínio
Nessa estranha acrobacia

Que você canta sem esforçar
E faz parecer o estranho
Uma forma nova de contar
O envolvente meandro

Do círculo que adoro desenrolar

Larissa disse...

Qualquer um que leia, o verá circulando, pairando pelo ar.. Por todo ele.

:: rita :: disse...

=)

sempre uma boa razão!
seus poemas sempre me encantando, agradeço muito pelo comentario no meu blog...! é bom de ler e pensar...!

Vanessa Leonardi disse...

faz do vento,
assento
mas nunca descansa,
nem cansa,
de na vida
encantar
.
beijo, moço
.

Giuline Vitória Bastos D'Amato disse...

Era tudo exatamente aquilo que você escreveu. rs
Obrigada pelo comentário
bjos