Tem dias que eu sinto falta do mar
Das formas que ele vem me salgar
Doce
D'ocê
A carne, a alma
Com calma
A ir e voltar
Fosse o que fosse
Vê
Uma vastidão sem fim a me devorar
Me percorrer, envolver e tomar
Solto em suas correntes sou mar
Ao somar
Só mar
Sem posse
Só ser
Tecer
Teu ser
Tão mar
A tramar
Entranhar
Extasiar
Minha vontade arranhar
Ah mar
Há mar
Há você
E o meu verter
Que é capaz que te roce
Um tanto te coce
Outro tanto avance
Dance
Não canse
Oceanos ainda
Pois mar não finda
Por ser linda na lira essa lida
Mar de ti é vida
Sete mares profundos de te conceber
Um comentário:
Uau!!!
A imensidão do mar transborda em cada balançar de suas palavras.
Gratidão por ser a poesia mais incrível
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