Eu ando
Tanto
E ainda canto
Se não todo o tempo
Por vários momentos
Mesmo que soe como pranto
Sustento o canto
Ostento o canto
Independente da parte
Do porte
Da sorte
Da morte
Sou forte
Mesmo sendo fraco
Às vezes peço um trago
Ou mesmo um afago
Se me rasgo.. se me acabo
Ando um pouco mais
Firmo passos e faço deles traços
Busco pelos abraços
Das pessoas camaradas
As que me acompanham na jornada
Doces criaturas aladas
Sagradas pela nossa profana empreitada
E por lá me perco
Tanto, que me acho
E inquieto o faixo
Porque ficar quieto é coisa de quem não canta..
E eu canto
Tanto
E mais..
Essa é minha paz
Insone e indolente
Andando pra frente
E olhando pros lados
Rebuscando uns fados
Cheia de amantes e amados
Potencializando minha mente
Meus montes
Estabelecendo tantas pontes
Que o movimento incomoda os vizinhos
Alguns parcos seres mesquinhos
Que me cospem na cara
Mas isso é coisa rara
E eu só limpo o cuspe
Retribuo com uma risada
E retorno pra caminhada
Pro canto
Que é tanto
E tamanho
QUe me asanho
E relembro que ser eu não é fácil
E até me saio bem nisso
Então faça o favor de vir comigo
Cantar ao meu lado....
Um comentário:
canto doce como harpa
bailo louca
bebo faíscas
acho graça
porque é tempo de sorrir
ao teu lado não há modo de chorar
que chore de alegria, então
fomos feitos mesmo pra amar
e adorar as coisas belas
como a Musa
as sereias
as estrelas
Venus
Hera
Descansando num mar enternamente azul
sem medo dos monstros
vindos do fundo do calaboço humano
deixando-os nus
de coragem
aqui deixo um suplício
um grito contido
um sorriso doido
de saúde
idade
de saudade.
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