Ela entrou no carro
Acelera!
Espera é que...
ACELERA!!!
Sem saber o porquê
Um contato que esbarro
Piso no acelerador
Grita o motor
Canta o pneu
A velocidade cresceu
Ela grita mais uma vez
ACELERA!!!
O mundo vira um borrão
Ela relaxa no banco de couro
O olhar já agradece
Aquilo vale mais que ouro
Ele mantém o câmbio na mão
Tocando a coxa
Escapei de um trouxa
Ela falou
Com um carinho no braço
Estranhos com um laço
E sem embaraço
Os dedos dela um caminho traçam
Haviam muitos carros na pista
Os olhares por um instante encaixam
Ela acha o espaço
Quando ele desacelera na curva
Ela pula
Você é louca
Você ainda não viu nada... acelera!
Sem ligar mais pra acidente
Ele seguiu em frente
E ela com todo jeito
Deu aquele jeito
Fez do mustang veloz o leito
Grudados cada vez mais rente
Ela mordeu o pescoço
Assumiu o câmbio do homem
Com fome
Engatou a primeira
Faceira
O resto é besteira
Meteu então a segunda
Rebolada safada da bunda
Esquecido de tudo ele soltou um tapa naquela maravilha profunda
Terceira
Alguém buzinou lá fora
Ela adora
Muito mais ela devora
Já quicava desvairada agora
A quarta
Farta
Ele inteiro em cada pedaço ela abarca
Ele mantinha os braços firmes
Tudo duro
Tudo quente
Cada vez mais rápido
Eles iam queimando pelo asfalto
Quinta
Sinta
Sem santa
Só diaba
Me acaba
Quica essa raba
Danada
Ela delirava
Mais e mais ela desembestava
Infinita
A sexta
Ah... a sexta
Que a gente não é besta
É aí que a gente se beija
Que tudo explode
O carro capota
Ah não fode...
Mortos
Tortos
Eternizados
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