quarta-feira, 1 de junho de 2016

Carta para Hélio Lopes

Salve pai... hoje você faria 67 anos... já são quase 6 anos, nego véio, cada dia é mais um dia de saudade. E ainda assim de um tempo pra cá com novos detalhes, pois já tem 1 ano que aprendi a ser pai e entender ainda mais o pai que você foi. É uma grande viagem essa tal paternidade, mas estou crescendo muito nesse processo. Eu aprendo tanto todo dia.
Você ia amar a Ana, pai. Ela é o máximo. Você ia achar ela o máximo, assim como eu acho, sendo suspeito como eu sou. Acho que você ia estar aqui o tempo todo. Ela tá andando. Dá uns 10 passos e cai de bunda no chão, mas acha o maior barato. Nós trocamos duzentas ideias sem que ela pronuncie uma única palavra. Ela me convence a usar a língua de bebê dela. Ela é o clone da Dé e de mim tem só o amor, mas é tanto amor que mal cabe na pessoinha dela. Com a licença do doutorado, estou imerso na vida de pai tempo integral. Nasci pra isso, porque aprendi com o melhor. Tô vivendo cada aprendizagem, cada sorriso, cada manha dela e me encantando ininterruptamente.
Ela é super tranquila e gosta de todo mundo. O Guto vem me ajudar quando eu preciso e almoça sempre aqui. Ele e a Ju são tios super babões, assim como os irmãos da Dé. E os
avós então? Acho que você consegue imaginar...
O doutorado segue. Qualifiquei e agora tô tentando prosseguir com as entrevistas.
Ah, encontrei com a tia Valdete hoje. Ela tá cuidando de uma idosa aqui na 307 sul. Vou levar a Ana pra tomar sol com elas na sexta.
No geral, segue a crise. E quase ninguém tá aprendendo nada com isso na minha opinião.
O Marley operou da coluna... teve uma hérnia. Tá em recuperação agora, mas o processo é lento.
O Flamengo se livrou do Wallace, tenho certeza que isso te agradaria...
Na sexta tem aniversário da Helena, filha da Gabi... vamos lá prestigiar e ver o povo.
Em agosto, vou pra África do Sul de novo visitar o Paulinho e a Mariana.
Vou sentindo essa saudade perpétua e cotidiana enquanto padeço no paraíso, negão. Wish you were here...

Um comentário:

Julyanne Müller disse...

Nossa Jogue... lindo o texto! Como se estivesse conversando com seu pai! Poderia ser possível ouvir a resposta. Queria tanto ouvir a voz, o abraço, os conselhos e tudo que um pai faz Do Meu velho.. tudo de novo, sem fim.. Uma pena que partiram! E agora eles estao juntos! Reze sempre! Ela sempre te ouvirá! Beijo vizinho! Mande um beijo na Débora e na pequena Ana! Mais uma vez digo, emocionante seu texto!