quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Sobre infernos astrais, um pouco de paz e o que aqui se faz...


Acabado o inferno astral
Não é que tudo tornou ao normal
O dia-a-dia nas páginas do jornal
Só as chuvas que fojem do ritmo sazional
Mas para não dizer que vai tudo igual
Depois da tempestade
Bem sabem
Vem a bonança
E se acostuma haver dança
E verde esperança
Também cabem
As pródigas amizades
E esse louvor pela insaciedade
Que me alimenta
Que não se dobra à tormenta
Que sempre se reinventa
Ou pelo menos tenta
Mas o que por aqui mais se comenta
É que o tumor do meu pai diminuiu
Que o céu vai se abrindo no estio
E que no fim do ano tem passeio de navio
Lá na Bahia
E que antes desse dia
Tem AC DC em Sampa
E até lá a gente trampa
E no intertício canta
Que a graça nessa história é tanta
Que há de fazer todo povo sambar...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Festejar adoidado... ou minha festa de aniversário...



Foi o último ensaio antes dos trinta
Foi babilônia impura
Foi a primeira vez que choveu no dia da minha festa
Foi repleto de gente que desembesta
Caçando uma cura
Pro aperto da cinta
Da vida dura
Que na minha lonjura
Todo mal se esconjura
Basta fazer finta
Até que só resta
Escapar pela fresta
E dançar tudo que se pode
Seja house ou seja rock
Seja velho ou seja pop
Que aqui nada se complica
E enquanto Freud explica
O diabo dá os toques
E é capaz que tudo desemboque
Na formação de um novo enfoque
Sobre festejar
Sobre percepções a se potencializar
Ou simplesmente sobre como colorir o ar
Das suas cercanias
Com aquelas boas companhias
Que não só dão graça ao dia-a-dia
Como também são capazes
No seu dia
De te fazer selar as pazes
Com essa energia toda que trazes
E deixar a vida
Nem que seja por hoje
Vadia
Não porque você foje
Mas por festejar adoidado
Esse profano caminho sagrado
Com todos os doidões ao lado
Gritando here we are now
Entertain us
Pedindo sal
Pedindo céu
E assim se faz escarcéu
Pra mim
No meu jardim
Onde semeio a arte de ser sem fim
Foi pra isso mesmo que vim
Agora só falta
Fazeres parte dessa malta
De gente incauta
Que me celebra
Me alegra
Que se a vida tem regra
A gente tá cá pra desregrar...

E ano que vem será melhor...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Meu anivesário ou 29...



Do dia onze para o doze
De outubro
De festejos me cubro
Esquento o sangue rubro
E alheio às poses
Vou fazer as pazes
Com meu íntimo
Num simples desejo legítimo
De me jogar
Entre sonoridades me deixar levar
Com o anseio último
De chaquoalhar as bases
Transcender os pormenores da cada fase
E seguir as vibrações do ar
Obviamente que hei de fumar
Alguns potencializadores costumo tomar
E um cortejo de loucos irá me acompanhar
É que faz parte do meu show
Faz parte do que eu sou
Das indiossincrasias do meu vôo
E sempre que comemorar meu dia eu vou
Só quero beber da magia
Que para além do dia-a-dia
Deixa tudo mais lindo
Engrandece o terreiro
Como se fosse me despindo
Na verdade, me desconstruindo
Pra me manter inteiro...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

domingo, 4 de outubro de 2009

É isso Alice...


Ria o chapeleiro louco
Todo problema
Para ele era pouco
E gritou até ficar rouco
Tenho um lema
Ou seria teorema
Enfim, não importa o tema
Mas sim que há um quarto caminho
Pelo qual pouca gente rema
Não que se ande por lá sozinho
Ou que lá só tenha espinho
É que o sistema
Entre tantas possibilidades
Elege uma magestade
Gordinha e com ares de sossego
E lá vai a maioria presse arrego
Sem qualquer desapego
Se prender a vaidades
A opção
À tal verdade
Parece ser dizer não
Rechaçar o chão
E crer que a mentira virou solução
Mas se olhar bem há um vão
Condição terceira
Dos que se equilibram pela beira
Na vida dão rasteira
E não se prendem a qualquer besteira
Mas é no alto
Muito acima do asfalto
Que um tipo incauto
Um tipo pelo qual me pauto
Alteia
Tal criatura entre as possibilidades serpenteia
Panes no sistema desencadeia
Porque sabe que no fundo
O que realmente a tudo permeia
Nesse mundo
É algo tão profundo
Que qualquer caminho é fecundo
Pra quem busca o que anseia...