Fizemos entre nós um pacto
Ela, maravilha, existia
Eu absorvia o impacto
Ela ardia plena
Eu fazia poesia no ato
Ela, sinfonia, traz melodia à existência
Sempre Ela no centro da cena
Fico não só a versificar a querência
É tal a magnificência
De cada ponto, linha e movimento da sua congruência
Que seria (e é) impossível pra mim ter apenas consciência
Da sua poética de bailar nos sentidos
E não ter consequências
Daí o trato
Me pacto abnegado
Faminto
Com olhos brilhando
Um sorriso safado
Pelo teu umbigo sagrado
Pelo teu rebolado profano
Pela sua alma de loba serpente sereia fada deusa diaba
Que derramam-se versos
Eu, ao inverso
Te sorvo
Absorto
Amarrado
No nosso pacto...