"O objetivo principal não é descobrir, mas refutar o que somos. (...) Não é libertar o indivíduo do Estado e de suas instituições, mas libertar-nos, nós, do Estado e do tipo de individualização que vai ligada a ele. É preciso promover novas formas de subjetividade..." Foucault
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Além
Fui..
Não é que fui
Sem fim
Só fui
E como fui
Não só
Foi tudo planejado
Afinal o caminho tá apresentado
Só não segue quem não quer
Mesmo que siga
Tem gente que não liga
E quem empurra com a barriga
Enfim, segue o jogo
Acenda o fogo
Ou banque o bobo
Mas só siga se quiser
Que o tal do caminho dado
É bem melhor acompanhado
Fica mais festejado
Muito melhor trilhado
Em ventos de bonança
E tem que ser povo que não cansa
Que é longa nossa dança
As correntezas são profundas
As águas são imundas
E daí mesmo fecundas
Afinal de contas por que não viver esse mundo?
Se não há outro mundo
E se só esse mundo há
E você pode ver todos lá
O cara que tudo repete
As duas mulheres que assistem
O marajá que analisa
O clone do planeta bizarro
O nêmesis que flerta com o perigo
Os sultões da luxúria
As diabretes do pecado
O anjo da guarda
As quimeras
As camadas
Parece lissergia pura
Não caberia em contos de fada
É mais denso
E lento
O processo
O jogo é sempre o mesmo
Mesmo a esmo
Mesmo mesmo
Sempre mais do mesmo
Não era isso que você queria ouvir?
Tenho que ir
Pena você não vir
Mas foi a melhor de todas...
domingo, 14 de outubro de 2012
Ao infinito e além...
Quando convido alguém
Para seguir rumo ao infinito e além
Veja bem
Não é querer mal a ninguém
Não é também só agir como convém
Pelo contrário
É escapar do horário
É propor um caminho intermediário
Entre as fissuras do sistema
Serve como lema
Ou tema
Até teorema
Mas desde que mataram o trema
Eu tramo fazer poema
E para favorecer meu esquema
Faço festa
Em que o povo desembesta
Pois aqui ninguém se presta
A ter os pés no chão
Dançar e voar é a nossa condição
Na sensação de um universo paralelo
Na verdade o movimento é o elo
A companhia é pra diversão
A música é o pão
Nosso mocambo, castelo
Não importa se azul ou amarelo
Doce embalo
Belo
Um êxtase singelo
Sabem do que falo
Mais do ninguém
Mas venho proclamá-lo
O peito não calo
Só falta saber se você vem
De carro, de van ou de trem
Que adornos te convém
E como pretendes vencer do ar, o atrito
Para que sigamos ao infinito..
E como pede o rito
Um tanto mais além...
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