Sendo o seu umbigo o centro do universo
O rio do meu verso só faz correr pro seu mar
Nesse transversar já assim ao acordar
Vai a boca buscar passear na possibilidade de te mapear
Contorno firme como o da mão a apertar
Como a volúpia que arrepia ao se entranhar
Daí aperto a tela com o cuidado de quem toca o grelo, pois ao fazê-lo, é como tê-lo, entre os dedos
Me deleito
Me entrego
Desassossego até o próprio desassossego e faço, refaço, trespasso
Esse nosso laço
No teu regaço
Mergulhado
Até o talo da alma
Como se fosse o falo
Melado na tua calma
De me dominar por inteiro
De grudar meu terreiro
De percorrer com os lábios
De esquecermos de ser sábios
Nesse sábado
Colados e fadados a explodir a própria realidade na terra encantada de nós dois...
Onde todo depois já é certeza alada
Daí saltam as palavras
Rebolativas e safadas
Prontas pra serem emissárias das semânticas sangradas e sagradas de nós dois...
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