Talvez você prefira
Um pouco de cortesia
E é claro que toda a côrte
A ti se dobraria
Pelo ar ressoariam as liras
E toda cor te invejaria
Pois tens a primazia
De fazer cócegas nos meus sentidos
De fazer reais
Meus sonhos descabidos
Fazer coisas banais
Aquelas simploriamente cotidianas
Meus momentos preferidos
É que essa entropia que emanas
Me assanha
Me atiça
Me faz todo cobiça
Por essas pernas
Que minha mão arranha
Por esse pescoço
Em que me roço
Onde esqueço
Por esse colo
Onde posso ser tolo
Mas não mais padeço
E nele me enrolo
Me enrosco
Me enveredo
Len.. ta.. mente...
É esse vício no teu gozo
Que sem ele não há delírio
Sem mordiscar sua orelha
Não tenho repouso
E tudo vira martírio
Contigo tanto mais ouso
Pois teu ventre é minha prisão
Tanto quanto
É o prenúncio da libertação
E eu acompanho teu canto
É seu prazer que janto
Espectante da anunciação
Desse nosso acerto
Desacertado, espasmótico e frenético
Esse nosso diálogo poético
Em que tudo verto...
8 comentários:
escritos deliciosos, eu diria.
Inspirado, homem?
Eu diria MUITO inspirado...
Lindo poema.
Muito sensível...
tocante!
Um amor que se consuma, parece-me...
;) *
Este poema é um balanço gostoso!
Adoro sempre passar por aqui..
Beijos!
sua poesia é "rodopio e oxigênio"
escorrega, Jorge.
calma, respiiiiira, nem sempre.
Jorge, escorrega...
ô calor bom...
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