Disse o Pessoa
Que tudo vale a pena
Se a alma não é pequena
Mas quando o cotidiano destoa
E o impacto da tempestade ressoa
O teatro que se encena
Vai sendo descortinado
A poesia vira papo furado
Deixando de ser plena
Nem ruim, nem boa
Só um ritmo malfadado
A ver muchar o perfume
Enquanto o ator não assume
E segue descendo para longe do cume
Esquecido do céu
De como era doce o escarcéu
Aceitando esse triste véu
Vil
E pra quem não viu
Pode sentar-se lá embaixo junto ao rio
Feito de lágrimas de um desejo
De explodir em desvario
No próximo ensejo
Embora pelo que vejo
Já tenha partido esse navio...
Se me permite sugerir.. leia também:
http://salvesalvejorge.blogspot.com/2009/07/pra-ser-sincero-ou-quando-desafio-titas.html
8 comentários:
É para onde vejo o amor
ir
o barco atracado no cais
prestes a partir...
falou muito comigo, teu escrito
«Disse o Pessoa
Que tudo vale a pena
Se a alma não é pequena
Mas quando o cotidiano destoa
E o impacto da tempestade ressoa»
Oh, é mesmo verdade. Quando esse tipo de forças insiste em virar o nosso barco, é complicado fazer frente. :X
Vale a pena. Mas sempre tem uma alma pequena que destoa, e faz da cena poema de um teatro que acena nesse navio que partiu.
Lindo, como sempre.
Beijos
"Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade."
(Confúcio)
Que se conserve a amizade como prioridade sempre.
Salve Jorgeeeee
Por isso venho e deixo beijo sem paixão e crimes sem castigos!..mas nunca, bons amigos!...........rs
um xêro no seu cangote!
É tem hora que o blá blá blá e difícil de ser vivido... tudo é muito lindo no papel... a realidade é bem mais dura!
Mas, para seguir em frente, acabamos voltando ao papel: nos guiamos e tentamos fazer como diz a cartilha... relacionamento entre tapas e beijos eternos da realidade com o sonho...
Ainda valem a confiança, a esperança, a força e a fé? Ou isso tudo é estória da carochinha?
Cabe cada um acreditar naquilo que pensa e sente!
Venturis Ventis
é, certas rotinas corroem até a poesia
beijos, querido
MM.
Mesmo quando fala sobre algo meio triste você fala bonito.
Boa tarde moço.
Flávia
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