Depois
Pois.. ora pois...
Nós dois
Ah, nós dois...
Quem foi que depôs?..
Não importa
É essa vida torta
Essa gente morta
Os pulsares da aorta
A navalha da vontade que tão bem corta
A gente...
Nunca é diferente
Por mais que se tente
Pode-se preferir quem mente
Mas é que de repente
A toada do repente
Fica dormente
Cada qual mais exigente
A tolerância cada vez mais rente
É sempre um tal de daqui pra frente
Tudo vai ser incrivelmente diferente
De nada vale o arroz
Os sóis que sois
O antes
Aqueles amantes
Que tal qual infantes
Simplesmente inebriantes
Com seus peitos tão arfantes
E suas artes de gozarem instantes
Aprendendo a ser atentos errantes
Incansáveis e deslumbrados viajantes
De um micro-universo
Reunindo o disperso
Compondo um verso
Ignorando o controverso
Tão aéreos
Que submersos
No etéreo
Saboreando cada despautério
E erguendo seu império
Que como todo império
Depois
Perecerá...
22 comentários:
... é a vida. E, cumpadi, ela passa.
beijos daqui...
Ah, mas deixa eles curtirem o momento, não dizem que é imortal enqto durar? pois então...
bjm
Suas rimas são um oásis no deserto do meu humor que hoje está bem afetado.
Antes eu pensava que ler é um exercício de conhecimento, lendo seus textos percebo que ler pode ser tb um exercício de puras sensações e ritmos enebriantes.
Um grande abraço.
Glaucia
Ascensão, apogeu e queda... Ningue´m é tão bom que viva de vitórias e vantagens a vida inteira.
:*
como sempre... textos inspiradores!
beijos
Espero que seja em alturas semelhantes que aproveitemos os nossos momentos. Depois poderá ser muito diferente.
Beijo *
Sempre perece. Mas o importante é valer a pena enquanto estiver de pé. Rs.
Beijo!
Saudades...
Quanta verdade nestes belos e sentidos versos!
Gostei muito, parabéns!
Só vc para me fazer ler rimas inteiras :) Adorei!
Uma exelente semana moço! Que a inspiração te acompanhe sempre!
BJ
Ver teus versos no meu blog sempre traz alegria...
=]
Segui tuas migalhas deitadas por aí, nos caminhos da Leila.
Rendo-me aos sóis que sois. Linko-te, e volto sempre.
Boquiaberta, o que tu escreves é único, não me lembra nenhum outro outor, nada parecido, me sinto descobrindo uma jóia...
Levei seu link comigo..
Seus comentários são sempre lindos! Obrigada :_)
Muita fome e muita sede rondando o mundo... É um prazer conhecer-te, unindo-as.
Desculpe chamar de migalhas todo o banquete de comentários teus espalhados por aí. Que deselegante eu né.
Inté
Jorge, seus comentários aos meus textos estão cada vez mais tocantes e profundos. Acho que a gente pode começar a pensar na idéia de escrever um texto juntos. O que você acha?
Beijos.
Tem um post para vc em retribuição aos comentários poéticos que deixas em meu espaço,espero que goste.
Grande abraço.
Glaucia
Não consigo compreender esta sensação quando te leio. Fico sem palavras, pareço tão pequena!
Mas leio sem tentar entender, pois entender é sentir, como já diria Lispector, "ou toca ou não toca".
Você me toca.
Beijos
"Vejo as flores na jarra, são flores do campo nascidas sem se plantar, são verdes e amarelas, mas a empregada disse: 'mas que flores feias', só porque é difícil compreender e amar o que é espontâneo e franciscano."
Doce Clarice Lispector ;)
Voltei pra reler suas linhas...
Coisa boa a gente lê e relê..
Esse filme me é conhecido...
Beijo
..vim através de outros rios menos tranparentess que os seus. Mas, conduzida por eles ... lhes agradeço a cristanilidade da alma encontrada.
Lindo o seu olhar pro mundo todo: o seu.
Bel.
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