- Perdão ter perdido o ponto exato da rima com a obsessão...
- Perdoo não. De cá essa mão. Aperte bem a situação. Quero a devida simetria na marcação. A MORDIDA tem que transbordar tesão!!
- Como não, paixão? Se és a rainha da minha devassidão. Governas o transbordar da minha criação. Perco o chão sonhando em percorrer o caminho entre essas coxas brancas e seu umbigo com minha anunciação.
- Só tem rima com ão?
- Pensa assim, posso correr sem fim a língua tesa no teu jardim enquanto tua carne carmim se arrepia tintim por tintim...
- Sim...
- Mas não preciso de rima. Nem de verso. Só do teu peito aberto. Da buceta molhada na ponta da vara. Seu sorriso atrevido e teu olhar de gata safada. Você sabe. Seu domínio é tanto Que em mim não cabe. Transborda. Minha fome te grita toda hora e eu venho. Deslizo pulsante como lava. Sonhando que você me arranhe. E eu te mordo o cangote, prendo seus pulsos com minha pegada mais forte. E lá no íntimo mais profundo,
Infinito, te ganho. Demoro. Faço questão em cada detalhe deixar claro que tem adoro. E devoro. Devoto. Vou margeando sinuoso cada centímetro do seu contorno.
- Que Deleite..
- Esse é só o rimar das marcas. Do fino e fulgurante imaginário. Aguarde a explosão do contato.
- Tem mais no trato...
- Não há limite, enquanto meu palavrear te excite... agradeço pelo seu ditar do meu gozo.
- Então, levanta poeta, vou te mostrar o meu segredo...
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