sexta-feira, 10 de junho de 2016

Caçada


Ele saiu a procurar
Não sabia o que poderia encontrar
Muitos diziam que era uma floresta encantada
Um reino das fadas
Mas alguns preferiam falar
Que ali não havia nada
Era terra assombrada
Perigosa de passar

Ao chegar lá
Se é que esse lá há
Ele viu um rápido movimento
Por um breve momento
Um segundo quiçá
E farejou no vento
Um aroma que desfez o desalento
Que em seu peito sempre está

Correu atrás daquilo
Mesmo sabendo que poderia parti-lo
Não se importava
Era justamente o que buscava
E diria fi-lo porque qui-lo
Enfrentaria o sibilo
Que seu peito desafiava

Ao se deparar com ímpar beleza
Teve convicta certeza
Era tudo que ele queria
Era uma luminosa magia
Que o levava além da crueza
Essa dos habitantes o dia-a-dia
Sempre forjado na monotonia
E, assim, o caçador fez-se presa...

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