Que ninguém nota
Minha letra morta
Vem consolar meu verbo
Perdido entre tantos adjetivos obtusos
Que seus fazeres se tornam confusos
E a ação fica torta
Isso quando não se aborta
Pelo bater salutar da aorta
O viver
O alvorecer
Um tanto que pode ser
Mas que a sintaxe corta
Por uma semântica apaziguadora
Pela tranquilidade da doutora
Por uma carne que doura
Mas não assa
Aquele blazê sem graça
Perpassa
A condição das sinapses
Desejosas de alguns ápices
Enquanto se afogam no concreto...