AMIGOS:
Cheguei ontem à noite do Morro de São Paulo. Uma ilha linda, com muitas praias, algumas bem calmas (verdadeiras banheiras de água salgada). A festa de casamento do meu filho Jorge Artur com Débora foi muito divertida,
até para mim, a alma mais anti-festeira do mundo (quem não bebe e não dança, faz o que numa festa???????).
A ilha fica a 30 milhas náuticas de Salvador,
a gente vai de catamarã (média de 2h30 de viagem),
ou de aviãozinho (20 minutos).
Para caminhadas, da Primeira à Quarta Praia, o Morro de São Paulo é um paraíso. Chegamos com chuva, mas depois fez sol durante todo o longo feriado. A ilha é grande (o Morro de São Paulo é um pedacinho dela) e conta hoje com total infra-estrutura para o turismo: uma rede de hotéis e pousadas imensa, internet, restaurantes maravilhosos (meu filho e minha nora fizeram a festa deles num espaço bem grande, chamado Restaurante Pimenta Rosa). Pelo que entendi, eles são o quarto casal a ter coragem de casar-se numa ilha bem distante de onde moram. Os convidados de Jorge Artur & Débora (os dois moram em Brasília) vieram de Fortaleza e EUA (onde vive parte da família da Débora), e
de Brasília-Minas-São Paulo (onde estão familiares de
Jorge Artur).
Imaginem qual foi minha reação quando Jorge Artur me disse que ia casar-se (continuo sendo contra cerimônias de casamento!) numa ilha ... na Bahia...
Com minha alma "calvinista" (Zanin diz que minha educação "católica" foi forjada por "pastores calvinistas") quase tive um desmaio. Meus dois filhos (Jorge Artur e Guto) são ultra-festeiros (puxaram o pai, Helinho, carioca, flamenguista e imperiano/Império Serrano). Minha nora,
Débora, e a família são também ultra-festeiros.
Eu sou, portanto, no meio deles,
um peixe fora d'água... Quando cheguei à ilha, fui direto procurar um cine-foto para esvaziar (copiar centenas de fotos acumuladas) minha
máquina fotográfica (não sei fazer isto até hoje).
A primeira coisa que perguntei foi: onde fica a banca de jornal? A moça me disse que não existia mais... "Até existira", mas ninguém comprava jornal lá. E que, "às vezes, de terça a quinta", aparecem jornais na cidade, trazidos pela antiga dona da banca...
Bem, o jeito foi passar quatro dias sem ler jornal... (alguém viu na internet e me contou que a Folha de SP deu uma pesquisa mostrando que a nova classe média, tão cobiçada, pende mais para o PT que para o PSDB: ainda não li a pesquisa nos jornais de papel que me esperam desde quarta-feira, quando viajei).
Perguntei à dona da Pousada Charme, onde nos hospedamos, como Morro de São Paulo consegue manter tamanha infra-estrutura turística em funcionamento (nada me pareceu abandonado ou decadente).
Ela respondeu que há turismo lá o ano inteiro. Com picos em janeiro e fevereiro, a alta estação, quando os preços são bem mais altos. E com grandes procuras em feriados prolongados. Que faz sol praticamente o ano inteiro... E que há muita procura por turistas estrangeiros. Vimos por lá, muitos espanhóis, argentinos e alemães... Como o Morro de São Paulo se compõe, na verdade, de duas grandes ruas (ocupadas por hoteis, pousadas, mansões, uma escola: de Nossa Senhora da Luz, caixas eletrônicos, restaurantes e lojas/lojas/lojas...), tudo se sabe por lá.
Quase todo mundo sabia que dois noivos "brasilienses" estavam lá para se casar... No catamarã da volta, uma turista alemã, que fala português fluente, me contou que soubera do tal casamento ainda na ida, ao encontrar um barulhento grupo de jovens brasilienses no catamarã.... Uma amiga me disse que casar na Bahia dá sorte. Meu filho,
que é professor de História, levou um monte de provas dos alunos para corrigir nos raros momentos livres que teve. Minha nora é médica. Ficou receitando "soluções" para os que enjoaram com a longa travessia das 30 milhas náuticas que separam Salvador de Morro de São Paulo.
Na ida, fomos num catamarã (Gamboa do Morro) imenso (120 lugares), lotado. Foi uma catástrofe. Eu disse que a viagem fora "punk". Um jovem me corrigiu: foi "trash". Teve gente que passou mal mesmo tomando dramin. Eu não tive nada. Mas à noite tive uma dor de cabeça federal (o que em mim não é novidade). Na volta/regresso,
num catamarã (Ilhabella III) de 80 lugares, com meia lotação, foi tudo (quase) tranquilo (só duas ou três mocinhas passaram mal). Mas o mar da Bahia
é lindo demais, o sol tropical muito luminoso... Sou obrigada a entender que meu filho e minha nora estavam certos ao escolher Morro de São Paulo como cenário do casamento deles. Eu é que sou uma ... anti-festeira incorrigível, incurável. Beijos, rô
PARA VOCÊS ENTENDEREM
O ESPIRITO FESTEIRO DO MEU
FILHO, LEIAM O POEMA-"CORDEL"
que ele e a noiva
imprimiram no convite:
"Débora e Jorge convidam para o casamento
Dizem que vai ser algo fantástico
O mais perfeito de todos os momentos
E sem querer ser pleonástico
Logo revelo nosso intento
Deves fazer o favor, Vossa Senhoria
De trazer vossa preciosa companhia
Para Morro de São Paulo, na Bahia
Carregado pelo vento
Nos idos de 2011, dia 22 de Abril
Festejar com a Turma do Funil
Que nunca dorme no ponto
E engrandecer nosso conto
Que é cada vez mais poesia
Construido com carinho todo dia
E sempre que possível festejado
Então corra 'presses' lados
Não tem trabalho, pois é feriado
Já 'tá' tudo combinado
O Restaurante Pimenta Rosa tá reservado
às 16h00 na Quarta Praia
Nosso paraíso isolado
Onde se comemora amor com gandaia
Então caia já
Te esperamos lá
Onde mar há
Amar, então.....
2 comentários:
Felicidades...que o amor, a paixão, a inspiração, o improviso, o preparo...encontrem e permaneçam com o casal todos os dias! =)
Salve Grande Jorge!!
Tudo bem desse lado do mar?? Faz tempo...
Jorge:
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beijinhos
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