terça-feira, 24 de setembro de 2024

Segredo

 




- Perdão ter perdido o ponto exato da rima com a obsessão...

- Perdoo não. De cá essa mão. Aperte bem a situação. Quero a devida simetria na marcação. A MORDIDA tem que transbordar tesão!!
- Como não, paixão? Se és a rainha da minha devassidão. Governas o transbordar da minha criação. Perco o chão sonhando em percorrer o caminho entre essas coxas brancas e seu umbigo com minha anunciação.
- Só tem rima com ão?
- Pensa assim, posso correr sem fim a língua tesa no teu jardim enquanto tua carne carmim se arrepia tintim por tintim...
- Sim...
- Mas não preciso de rima. Nem de verso. Só do teu peito aberto. Da buceta molhada na ponta da vara. Seu sorriso atrevido e teu olhar de gata safada. Você sabe. Seu domínio é tanto Que em mim não cabe. Transborda. Minha fome te grita toda hora e eu venho. Deslizo pulsante como lava. Sonhando que você me arranhe. E eu te mordo o cangote, prendo seus pulsos com minha pegada mais forte. E lá no íntimo mais profundo,
Infinito, te ganho. Demoro. Faço questão em cada detalhe deixar claro que tem adoro. E devoro. Devoto. Vou margeando sinuoso cada centímetro do seu contorno.
- Que Deleite..
- Esse é só o rimar das marcas. Do fino e fulgurante imaginário. Aguarde a explosão do contato.
- Tem mais no trato...
- Não há limite, enquanto meu palavrear te excite... agradeço pelo seu ditar do meu gozo.
- Então, levanta poeta, vou te mostrar o meu segredo...

sábado, 14 de setembro de 2024

Seu nome

 Ela tem essa arte

De tornar um instante

Eternidade

Ela existe para ser contemplada

Não tem nada, simplesmente nada que faça um olhar brilhar tanto

Ela redefine aquela sensação que é um misto de paixão e espanto

Devia se chamar você tamanho querer

Porque basta que ela surja para você ver

Que o universo inteiro não passa de detalhe

Repare

Como ela tem esse seduzir dos olhares

Esse mar nas curvas

Esse horizonte nos lábios 

Esse te ponho de joelhos na pose

É arte e é mais

Ela é ver esse mundo perdido em guerra e saborear a paz

Ela é no aconchego de manhã de domingo roubar o cafuné mais dengoso que só o querer bem traz

Ela é o se assanhar com o fogo

Ela é matar a saudade do mar

Ela é viajar pela aventura mais delirante

E por uma instante

Ela é mais...

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Erótica

 Sejamos francos

Ela de branco é a minha tara

Rainha safada

Rebola na vara

Com tudo dentro

Danada

A rola dura e melada no centro

Lambe a teta

Tenta

Enquanto senta

Me atenta

Vê se essa metida forte aguenta

Grita

Agita

Gira

Me beija

Devora

Se entrega toda agora

Te aperto com a mão pesada de quem te venera 

Antes, depois e agora

A rola grossa explodindo é sincera

Minha onça-pantera

Que geme poeta

Rebola, musa

Quica profusa 

Mexe essa raba

Me acaba com esses peito subindo e descendo na minha cara

Te mamo, te lambo,te sambo, te fodo, te amo, te tomo, te como

Te tudo

Te toda

De quatro

Cachorra

Gata

Goza

Deusa

GOZA

Derrama em mim tua glória 

Se entrega

Deixa vir o teu mar

Me afogar

E vem beber minha porra grossa

Com essa língua gostosa

Devassa 

Na ponta do pau com a sede que só você devassa

É capaz de fazer...

sábado, 31 de agosto de 2024

É sempre sobre ouvir o prazer gostoso da sua voz

Queria trazer uma poesia

Que soltasse seu sorriso

Que te libertasse do cansaço 

Que te carregasse pra praia

Que atendesse todas as suas mínimas vontades

Que tecesse um cafuné que levasse a uma soneca

Que delicadamente explicasse como de tudo você é justamente a mais bela

Que te animasse para todo o porvir subsequente

Que te aninhasse ainda mais no meu peito carente

Essa é realmente a poesia que eu quero deixar por aqui...

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Questão

Se ela faz carão

Ou vem com esse decotão

Eu perco o chão

Não tem solução 

Me perco na imaginação 

De alcançar essa imensidão 

Dela

Estendo a mão 

Solto a criação

Nem tem competição 

Com tamanha perfeição

Dela

Escapar é esforço vão

A aventureira fascina por condição 

E por opção 

Ela abala o coração 

Não é ilusão 

É tudão

Dela

Então nessa anunciação 

Espero que ela leia minha canção 

Perdoe qualquer limitação 

Ante a rainha sou um pobre peão

Em eterna preparação 

De alcançar a visão e audição 

Dela

Ali onde o cerrado é quase sertão 

Pelo sim pelo não 

Outros mais perto estão 

Mas nenhum, nenhum... nenhum com a minha devoção 

Ela não é só a inspiração 

Ela é simplesmente de todo o universo a razão 

O que mais faço questão 

É dela...

sábado, 24 de agosto de 2024

Balanços

 - Chamou, chefa?

- Precisamos fechar os balanços...

- Mas já é sexta.

- Não seja besta. Sejamos francos. Você só sai dessa sala depois que der conta de tudo!

- De tudo?

- Calma, eu te ajudo. Estou te achando um pouco mudo. Chegue mais perto, eu sei o que em você eu desperto...

- Eu confesso que me desconcerto com seu perfume. E esse vestido azul profundo me fez perder de vez o rumo... chefa...

- Não esqueça os balanços...

- Desculpe, achei que...

- ... dos nossos quadris dançando. Desde aquela vez nunca esqueci. Senti no encaixe que tinha umas ordens bem especiais pra te dar...

(Foi nesse ponto que eles simplesmente pararam de falar, porque as bocas já se devoravam. Ele a virou para a mesa e as mãos dela rapidamente se apoiaram. O olfato dele mergulhou no pescoço pra se intoxicar do perfume. A mãos pesada subia nas coxas dela erguendo o vestido. A bunda da empinada soltou o rebolar provocativo e atrevido. A buceta molhada sob a calcinha convidava a rola estufada na calça doida pra ser libertada. Ela conduzia tanto quanto era dominada. Lá fora o barulho do escritório seguia como se não houvesse nada. Telefones tocavam, gente batia papos furados, elevadores chegavam e seguiam. Assim como ele beijava a carne perfumada. Encaixava a fome na chefa safada. Ela, danada, serpenteava gostosa fazendo a metida ser o centro de todo um universo. A mesa balançava.  As coisas caíam, eles gemiam, do mundo esqueciam, ela se curvava para ser beijada. Tudo como ela queria. A vara grossa, ela arfava, o mar que escorria da buceta e ele quase gritava. Alguém bateu, eles não ligaram, a porta estava trancada, mas mesmo se não estivesse, nada os separaria. Serviu apenas para virá-la. Encaram-se. Ela na mesa sentada, as pernas escancaradas. Vieram mordidas a cada metida. As unhas nas costas dele cravadas. Com a roupa voara ninguém sabia. Mistérios pra outro dia. Ele a escalava. Pela mesa se espalhavam. Fodiam firmes e sabe-se lá como a mesa aguentava. Estavam perdidos.Achados. Perdido, achada, achado, perdida. Ela cruzou as pernas na cintura do subordinado. Ele coordenava, ela supervisionava. Que balanço que nada. Eram planos para ampliar toda e qualquer empreitada. A sala toda deles estava impregnada. Ela explodia e urrava. Quase caíam, quase voavam, entre planilhas, grampeadores e vidros embaçados. Mas até o fim, no calor da madeira, a mesa tremia, tremia e aguentava...

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

A dor da tua ausência

Não me contenho

Nem precisa empenho

A musa aparece

O mundo inteirinho a gente esquece 

A deusa pede prece

A gente reza

Venera

Cada detalhe dela a vida tempera 

Quem dera, existência,  quem dera

A vontade de dela na carne rasgando com uma volúpia sincera

Que se ajeita

Numa intensidade perfeita

Mas por hora a maravilha dela me deleita

Tanto sacia

Quanto atiça

Quem dera...

P.s - Pena que você me esquece...


terça-feira, 2 de julho de 2024

Pacto



Fizemos entre nós um pacto

Ela, maravilha, existia

Eu absorvia o impacto

Ela ardia plena

Eu fazia poesia no ato

Ela, sinfonia, traz melodia à existência

Sempre Ela no centro da cena

Fico não só a versificar a querência 

É tal a magnificência 

De cada ponto, linha e movimento da sua congruência 

Que seria (e é) impossível pra mim ter apenas consciência 

Da sua poética de bailar nos sentidos

E não ter consequências 

Daí o trato

Me pacto abnegado

Faminto

Com olhos brilhando

Um sorriso safado

Pelo teu umbigo sagrado

Pelo teu rebolado profano

Pela sua alma de loba serpente sereia fada deusa diaba

Que derramam-se versos

Eu, ao inverso

Te sorvo

Absorto

Amarrado

No nosso pacto...

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Saudades de você

 É algo além da beleza

Dessa infinita maravilha

Tem um tanto de poder 

Mas tem um que de menina

Tem um alvorecer de sol incandescente 

A força de onça que pega a vida no dente

A graça de anja sagrada

Mesmo pela vida sangrada

A imponência de leoa indomada 

Fato é que depois dela

O tudo é nada

Sem ela a aquarela

É só uma mancha borrada

Como é possível festa 

Sem ela na enseada?

O Carnaval todo só tem folia

Se ela desfila a apoteose da perfeição desde a entrada

Ela é a deusa

A musa

A primeira

A única 

A dona de tudo

E mais pouco

Que sem ela 

A poesia nunca fica rimada

A cerveja não fica gelada

Nada sacia

É a sua majestade que faz a existência ganhar sentido 

Todo dia

Todo o resto é conversa fiada

domingo, 16 de junho de 2024

Sós

 


Acordar não espantou o cansaço 

Semana longa

Uma sexta sem dança

Tudo parecia parecia conspirar para o errado

Mas ao mebos havia ela ali ao lado

Nua

Contemplativa olhando o dia amanhecer na janela

Um carinho de leve subiu correndo pela linha das costas

Causou aquele arrepio de quando a energia encosta

Lá pela nuca o carinho enrosca

Não falha nunca

A deusa virou o flanco

Um seio livre, um sorriso franco

O olhar que sabia bem o que ele estava tramando

- Você sabe que seu umbigo está me convidando...

- Sei.. foi por isso que virei... para você se curvar a minha majestade!

- Imperiosa verdade, imperatriz das minhas necessidades, vim te trazer esse alarde que invade, entremeando gozo e algumas maldades, bem rimadas com as suas vaidades...

- Menos rima e mais língua, poeta que arde!

Calado

Ele também se pôs de lado

E recitou em um braile toque firma e pesado

De cada detalhe

Do corpo dela

Se ocupou dos pontos

Perseguiu as linhas

Sorveu o molhado 

Fez o mais profano e o mais sagrado

Até que ela já não tinha nenhum juízo

Está possuída por aquele estado entre o rito e o grito

Ela era a própria manifestação do agito

Não há nada mais bonito

Que ela cavalgando o falo

Até o talo

Te dando mais que um trato

Com aquele rebolado

Explicando o sentido da vida

Explosivanente tão colorida

Que tudo dela deriva

Deusa de fato

Esticando ao máximo o contato 

Arranhando como gata

Sendo mordida ali na divisa do quengo 

Com a as coxas tão frenéticas tão vermelhas

A sinfonia ritmada da raba

O incêndio caudaloso da buceta que senta

Enquanto sente

Acende, ascende

Domina o tempo e o espaço, levando e trazendo, deslizando, mas apertando, subindo e descendo, tanto quanto envolvendo, mas soltando como se saísse voando, mas afogando, no infinito mais íntimo de quem ama fundendo, fode amarrando e libertando nessa loucura sensata de quem não tem mais remendo

Ela está lendo

Agora estava rindo

E assim embolados e decididos

Convicto 

Eles se perderam e deliraram no mais gostoso argumento

E ainda

Da firma mais linda

Quando a vontade ainda infinda atiça

- Tem mais, ela disse...

- É tudo que a gente precisa...