- Chamou, chefa?
- Precisamos fechar os balanços...
- Mas já é sexta.
- Não seja besta. Sejamos francos. Você só sai dessa sala depois que der conta de tudo!
- De tudo?
- Calma, eu te ajudo. Estou te achando um pouco mudo. Chegue mais perto, eu sei o que em você eu desperto...
- Eu confesso que me desconcerto com seu perfume. E esse vestido azul profundo me fez perder de vez o rumo... chefa...
- Não esqueça os balanços...
- Desculpe, achei que...
- ... dos nossos quadris dançando. Desde aquela vez nunca esqueci. Senti no encaixe que tinha umas ordens bem especiais pra te dar...
(Foi nesse ponto que eles simplesmente pararam de falar, porque as bocas já se devoravam. Ele a virou para a mesa e as mãos dela rapidamente se apoiaram. O olfato dele mergulhou no pescoço pra se intoxicar do perfume. A mãos pesada subia nas coxas dela erguendo o vestido. A bunda da empinada soltou o rebolar provocativo e atrevido. A buceta molhada sob a calcinha convidava a rola estufada na calça doida pra ser libertada. Ela conduzia tanto quanto era dominada. Lá fora o barulho do escritório seguia como se não houvesse nada. Telefones tocavam, gente batia papos furados, elevadores chegavam e seguiam. Assim como ele beijava a carne perfumada. Encaixava a fome na chefa safada. Ela, danada, serpenteava gostosa fazendo a metida ser o centro de todo um universo. A mesa balançava. As coisas caíam, eles gemiam, do mundo esqueciam, ela se curvava para ser beijada. Tudo como ela queria. A vara grossa, ela arfava, o mar que escorria da buceta e ele quase gritava. Alguém bateu, eles não ligaram, a porta estava trancada, mas mesmo se não estivesse, nada os separaria. Serviu apenas para virá-la. Encaram-se. Ela na mesa sentada, as pernas escancaradas. Vieram mordidas a cada metida. As unhas nas costas dele cravadas. Com a roupa voara ninguém sabia. Mistérios pra outro dia. Ele a escalava. Pela mesa se espalhavam. Fodiam firmes e sabe-se lá como a mesa aguentava. Estavam perdidos.Achados. Perdido, achada, achado, perdida. Ela cruzou as pernas na cintura do subordinado. Ele coordenava, ela supervisionava. Que balanço que nada. Eram planos para ampliar toda e qualquer empreitada. A sala toda deles estava impregnada. Ela explodia e urrava. Quase caíam, quase voavam, entre planilhas, grampeadores e vidros embaçados. Mas até o fim, no calor da madeira, a mesa tremia, tremia e aguentava...