sábado, 16 de novembro de 2024

Minha primeira poesia

 Hoje lembrei da minha primeira poesia

Você estava lá

Ainda indefinida

Mas já falando pra vida atrevida

Eu sou a Senhora desse inspirar

Eram rimas simples

Sentidos curtos

Mas já aparecia seu sorriso

Aquele que combina exatamente com o brilho do seu olhar

Eu nem sonhava ser poeta

Minha única meta

Era me encontrar

E pra isso fui te encontrando

Te recitando

Redefinindo

Não pra ser lindo

Mas pra que o mundo pudesse se encantar

Ser divino

Com esse lapso do absurdo

Você

A arte do seu existir

A cadência do seu viver

Se há lágrimas que você tem que verter

Tem esse indefinido infinito do seu sorriso

Tem o aconchego no peito que só você é capaz de instalar

A musa é eterna

Uma deusa

Entre os mortais

Eu acredito muito nisso

Te coloquei no centro da minha cosmogonia

De pés descalços

Cabelo ao vento

O mar ao fundo

Mil estrelas no firmamento

Até o momento

Em cada um que eu tento

Fazer das palavras unguento

Trazer flores que rachem o cimento

Nunca consegui

Mas aí

Você vem

E tudo fica eterno e bem