segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Ciclos

São como círculos
Os ciclos
Daí que cíclicos
Tantos vales do silício
Que parecem um vício
De não sair do lugar
Mas já de início
Não há dois ciclos
Que passem no mesmo lugar
É só observar
Na minúcia do desenrolar
E verás que o passar
Forma uma elipse
Cada ciclo
Faz-se contornar
Tal qual um eclipse
Que antes do ápice
Sem antever-se tríplice
Normatiza a sinapse
Ao que de costumeiro se disse
Para cair no final
Num novo ciclo
Sempre a recomeçar
Mesmo que só pormenores novos abrisse
Ou mormente jovial
Uma pegada mais sensual
Quase igual
Um tanto banal
Mas bem ou mal
Diferente ciclo
Mais um a chegar
Que do antigo se vestisse
Para parecer normal
Mas no quinto já nos entendemos
O sincrônico e diacrônico não tememos
Não somos plenos
Mas já não somos pequenos
E até onde lemos
Escolhemos o que lembramos... ou esquecemos...