Salve salve pessoas.. tudo bom por aí? Por aqui elas vão em compasso de melhora.. meu pai tá evoluindo um pouco cada dia.. já tá em casa desde sábado.. o fds acabou sendo meio corrido, mas corrido bom.. tô caminhando com ele todo dia.. conversando bastante.. ele me falou como ainda dói.. como tá sendo difícil, mas também como ele mesmo tá acreditando.. meu pai é antes de tudo um forte, parodiando o Euclides da Cunha.. mas também acho que as boas energias tão abastecendo ele de vontade.. e assim sendo, valeu pela força.. que a gente segue daqui na batalha..
Aproveitando vai aí o melhor post de julho...
Por um punhado de suspiros a mais ou Par...
Era preciso.
Era precipício.
Eras eram
Errar perdido
Era impreciso
Seu vício
Ela.
Cinderela
Sem frufrus
A muito não era donzela
Mas era dama
Era drama
Era copo
Com seu corpo
Cálice sagrado
Era em si uma festa
E pra ele uma fresta
Um caminho profano
De tão perfumado
Alguém que tudo lhe empresta
Sem nada em troca esperar
Tudo de bom grado
Dado
Pra ele que era tão errado
E mesmo assim abençoado
Com aquele sorriso de deusa
Com aquele pranto de menina
E com sua perfeição
Que o alucina
O cala
O embala
Porque amá-la
Virou sua profissão
Iria doravante
Se fazer inigualável amante
Consagraria a ela toda a criação
Desde a mais cálida rosa
Até o sushi de salmão
Cada dia quente de verão
Roupas espalhadas pelo chão
E no frio do inverno
O carinho terno
De algo que parece eterno
A cada instante-turbilhão
Dividindo o pão
Ou brigando pela manteiga
Pra perceber que pra ambos
Tem requeijão
São perpétuos escambos
Entre duas partes leigas
Das formas mais meigas
E das menos
Dos equilíbrios desestruturantes
No fim, eternos infantes
Como antes
Quando pequenos
Ainda errantes
Ainda inebriantes
Mas agora
No avançado da hora
Acompanhados nos rompantes
E serenamente mais plenos...
"O objetivo principal não é descobrir, mas refutar o que somos. (...) Não é libertar o indivíduo do Estado e de suas instituições, mas libertar-nos, nós, do Estado e do tipo de individualização que vai ligada a ele. É preciso promover novas formas de subjetividade..." Foucault
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Coisas passadas e novas ou Melhor post de Junho...
Salve pessoas.. valeu a todo mundo pelo apoio, preces, energias e tudo mais.. meu pai tá melhorando um pouco cada dia.. tá melhor do que o esperado até.. fala com muita dificuldade, um tanto confuso, mas até já deu uma caminhada no quarto hoje.. seguindo assim, 6a ou sábado ele tem alta e daí vai ser a luta da radioterapia.. de qualquer forma, valeu a força.. tô aproveitando pra dar uma passeada aqui e também deixar o melhor post de junho (feito no cilma do Dia dos Namorados..)
Boas energias procês.. beijos.. e inté...
Desentendimento ou De saida...
(Ele a olhou entrar com aquela arrogância de quem não deve nada a ninguém..)
- Boa noite.. (ele disse em tom de ofendido, vendo-a trazer os sapatos nos dedos da mão direita, um cigarro equilibrado nos lábios, a bolsa pendendo pra frente e as chaves na outra mão ainda junto à porta...)
- Ah.. oi.. você não devia fazer essas coisas.. eu posso me assustar algum dia.. parece um fantasma com essa cara pálida no meio do escuro.. (ela disse sorrindo desajeitadamente, tentando parecer ereta e equilibrada e fechando a porta. Isso, no entanto, provocou a queda de um dos sapatos.. ela sorriu mais largamente e se abaixou despudoradamente para pegá-lo.. ele olhou pras coxas dela e imaginou grandes roxos sob a meia-calça na penumbra.. imaginou o cheiro do suor misturado ao dela, ao tabaco e ao alcool..)
- Acho que não vai haver um dia! (ele disse tentando ser ríspido, mas sendo apenas seco..)
- Ãhn?! Ah.. bem.. (ela disse ficando ereta mais uma vez, sentindo uma tontura que pareceu mais importante que tudo até ali e tendo a impressão de sentir um cheiro..)
- Não está nada bem.
- Sim.. sim.. eu sei.. é que.. (ela apagou o cigarro contra as costas da porta numa quadratura já repleta de marcas negras pontuais..) .. desculpe.. eu limpo amanhã..
- Não precisa. (ele se levantou..) Eu tô indo embora..
- E pra onde você vai? (ela largou os sapatos no chão e tirou a bolsa com a outra mão..)
- Vou voltar pra casa.. de certo modo...
(Ela riu por dentro..) - Pra SUA casa? (mas seus lábios apenas tremeram..)
- De certo modo.. eu vou.. tenho de ir.. não posso mais ficar nesse lugar com você...
- Claro, claro.. (ela disse se permitindo sorrir, dando de ombros, enquanto ia para o banheiro..) Pobre de você.. tão puro e imaculado antes de ser estuprado pelos meus maus modos... (ela baixou a calcinha, deixando a porta aberta e sentou-se no vaso...)
- Você podia ter tido alguma consideração por..
- Pela sua imaculada perfeição? Pelo seu cabelo bem penteado? Pela porra do teu carro zero? Ou quem sabe, pelos filhas da puta dos seus papais... (as palavras dela mesclavam-se ao som da urina encontrando a água parada no fundo do vaso.. seguiu-se o som da descarga e o do rolo de papel higiênico que é puxado..)
- Pelo meu amor.. (ele murmurou indo em direção à porta antes de puxá-la..)
- Mas eu tive.. (ela disse vindo do banheiro..) Eu comi o seu amor.. mastiguei cada pedacinho.. me enfastiei dele.. dormi perguiçosamente a cesta.. depois vomitei como cachorra apenas para comê-lo de novo.. e depois o expeli nas minhas fezes, na minha urina e no meu suor.. (ela alcançou a bolsa e tirou dela o isqueiro e a carteira de cigarro..)
- Mas eu prefiria ser saboreado.. curtido.. (ele disse deixando correr uma lágrima solitária..) Eu queria que você me amasse e não que me devorasse..
- Ora, meu bem, pois vá tomar no cú você e seu amor de principezinho acastelado.. aqui é o mundo de verdade.. amor movido a combustível batizado e altamente poluente.. (ela soprou a fumaça satisfatória da primeira tragada..)
- Você precisa dessas metáforas ridículas.. (foi o rancor que falou por ele..)
- Por que não? Não tenho medo de fazer comparações..
- Claro.. você e sua sábia experiência.. suas podres experiências..
- Pois é.. mas você bem que gostou.. (ela disse sorrindo com malicia, batendo a cinza no chão e voltando a tragar com um brilho felino nos olhos..)
- Eu.. eu.. eu estava.. intoxicado..
- Claro.. claro.. "é sempre mais fácil achar que a culpa é do outro..".. ou melhor.. é sempre mais fácil achar que a culpa não é nossa...
- Eu fiz tudo que eu podia.. enquanto você..
- Não, queridinho. Eu SEMPRE faço tudo que posso.. você, por outro lado, começou a parar de fazer por só se preocupar com o que eu faço..
(Ele preferiu virar-se mudo, xingando-a apenas com os olhos, enquanto passava pela porta.. mas à frente ele viu a moça a quem tinha pedido que aguardasse. Ela era quase imperceptível nas sombras.. parecia fazer parte delas.. ela sorriu pra ele..) - Pronto?
- Sim.. (ele disse tentando esquecer o que se passara.. pensou com otimismo no que o aguardava.. Em outra direção, alguns passos para trás, uma mulher entrava no próprio quarto e encontrava o cadáver com uma bala nas idéias e os miolos vermelhos de forma impressionista estampados na parede...)
Boas energias procês.. beijos.. e inté...
Desentendimento ou De saida...
(Ele a olhou entrar com aquela arrogância de quem não deve nada a ninguém..)
- Boa noite.. (ele disse em tom de ofendido, vendo-a trazer os sapatos nos dedos da mão direita, um cigarro equilibrado nos lábios, a bolsa pendendo pra frente e as chaves na outra mão ainda junto à porta...)
- Ah.. oi.. você não devia fazer essas coisas.. eu posso me assustar algum dia.. parece um fantasma com essa cara pálida no meio do escuro.. (ela disse sorrindo desajeitadamente, tentando parecer ereta e equilibrada e fechando a porta. Isso, no entanto, provocou a queda de um dos sapatos.. ela sorriu mais largamente e se abaixou despudoradamente para pegá-lo.. ele olhou pras coxas dela e imaginou grandes roxos sob a meia-calça na penumbra.. imaginou o cheiro do suor misturado ao dela, ao tabaco e ao alcool..)
- Acho que não vai haver um dia! (ele disse tentando ser ríspido, mas sendo apenas seco..)
- Ãhn?! Ah.. bem.. (ela disse ficando ereta mais uma vez, sentindo uma tontura que pareceu mais importante que tudo até ali e tendo a impressão de sentir um cheiro..)
- Não está nada bem.
- Sim.. sim.. eu sei.. é que.. (ela apagou o cigarro contra as costas da porta numa quadratura já repleta de marcas negras pontuais..) .. desculpe.. eu limpo amanhã..
- Não precisa. (ele se levantou..) Eu tô indo embora..
- E pra onde você vai? (ela largou os sapatos no chão e tirou a bolsa com a outra mão..)
- Vou voltar pra casa.. de certo modo...
(Ela riu por dentro..) - Pra SUA casa? (mas seus lábios apenas tremeram..)
- De certo modo.. eu vou.. tenho de ir.. não posso mais ficar nesse lugar com você...
- Claro, claro.. (ela disse se permitindo sorrir, dando de ombros, enquanto ia para o banheiro..) Pobre de você.. tão puro e imaculado antes de ser estuprado pelos meus maus modos... (ela baixou a calcinha, deixando a porta aberta e sentou-se no vaso...)
- Você podia ter tido alguma consideração por..
- Pela sua imaculada perfeição? Pelo seu cabelo bem penteado? Pela porra do teu carro zero? Ou quem sabe, pelos filhas da puta dos seus papais... (as palavras dela mesclavam-se ao som da urina encontrando a água parada no fundo do vaso.. seguiu-se o som da descarga e o do rolo de papel higiênico que é puxado..)
- Pelo meu amor.. (ele murmurou indo em direção à porta antes de puxá-la..)
- Mas eu tive.. (ela disse vindo do banheiro..) Eu comi o seu amor.. mastiguei cada pedacinho.. me enfastiei dele.. dormi perguiçosamente a cesta.. depois vomitei como cachorra apenas para comê-lo de novo.. e depois o expeli nas minhas fezes, na minha urina e no meu suor.. (ela alcançou a bolsa e tirou dela o isqueiro e a carteira de cigarro..)
- Mas eu prefiria ser saboreado.. curtido.. (ele disse deixando correr uma lágrima solitária..) Eu queria que você me amasse e não que me devorasse..
- Ora, meu bem, pois vá tomar no cú você e seu amor de principezinho acastelado.. aqui é o mundo de verdade.. amor movido a combustível batizado e altamente poluente.. (ela soprou a fumaça satisfatória da primeira tragada..)
- Você precisa dessas metáforas ridículas.. (foi o rancor que falou por ele..)
- Por que não? Não tenho medo de fazer comparações..
- Claro.. você e sua sábia experiência.. suas podres experiências..
- Pois é.. mas você bem que gostou.. (ela disse sorrindo com malicia, batendo a cinza no chão e voltando a tragar com um brilho felino nos olhos..)
- Eu.. eu.. eu estava.. intoxicado..
- Claro.. claro.. "é sempre mais fácil achar que a culpa é do outro..".. ou melhor.. é sempre mais fácil achar que a culpa não é nossa...
- Eu fiz tudo que eu podia.. enquanto você..
- Não, queridinho. Eu SEMPRE faço tudo que posso.. você, por outro lado, começou a parar de fazer por só se preocupar com o que eu faço..
(Ele preferiu virar-se mudo, xingando-a apenas com os olhos, enquanto passava pela porta.. mas à frente ele viu a moça a quem tinha pedido que aguardasse. Ela era quase imperceptível nas sombras.. parecia fazer parte delas.. ela sorriu pra ele..) - Pronto?
- Sim.. (ele disse tentando esquecer o que se passara.. pensou com otimismo no que o aguardava.. Em outra direção, alguns passos para trás, uma mulher entrava no próprio quarto e encontrava o cadáver com uma bala nas idéias e os miolos vermelhos de forma impressionista estampados na parede...)
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Sumiço
Salve pessoas.. tô sumido porque meu pai tá com câncer no cérebro.. tá sendo operado nesse exato momento.. quando ele estiver recuperado e o tempo voltar a ser cordial comigo eu volto.. já agradeço os apoios..
BEijos e inté...
BEijos e inté...
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Coisas passadas ou Melhor post de Maio...
Salve salve pessoas.. pois é.. eu sigo na trilha da preguiça só republicando coisas.. risos.. esse foi sobre as decomposições que vão encadeando nossas composições..
Depois ou Sobre porque é preciso navegar...
Depois
Pois.. ora pois...
Nós dois
Ah, nós dois...
Quem foi que depôs?..
Não importa
É essa vida torta
Essa gente morta
Os pulsares da aorta
A navalha da vontade que tão bem corta
A gente...
Nunca é diferente
Por mais que se tente
Pode-se preferir quem mente
Mas é que de repente
A toada do repente
Fica dormente
Cada qual mais exigente
A tolerância cada vez mais rente
É sempre um tal de daqui pra frente
Tudo vai ser incrivelmente diferente
De nada vale o arroz
Os sóis que sois
O antes
Aqueles amantes
Que tal qual infantes
Simplesmente inebriantes
Com seus peitos tão arfantes
E suas artes de gozarem instantes
Aprendendo a ser atentos errantes
Incansáveis e deslumbrados viajantes
De um micro-universo
Reunindo o disperso
Compondo um verso
Ignorando o controverso
Tão aéreos
Que submersos
No etéreo
Saboreando cada despautério
E erguendo seu império
Que como todo império
Depois
Perecerá...
Depois ou Sobre porque é preciso navegar...
Depois
Pois.. ora pois...
Nós dois
Ah, nós dois...
Quem foi que depôs?..
Não importa
É essa vida torta
Essa gente morta
Os pulsares da aorta
A navalha da vontade que tão bem corta
A gente...
Nunca é diferente
Por mais que se tente
Pode-se preferir quem mente
Mas é que de repente
A toada do repente
Fica dormente
Cada qual mais exigente
A tolerância cada vez mais rente
É sempre um tal de daqui pra frente
Tudo vai ser incrivelmente diferente
De nada vale o arroz
Os sóis que sois
O antes
Aqueles amantes
Que tal qual infantes
Simplesmente inebriantes
Com seus peitos tão arfantes
E suas artes de gozarem instantes
Aprendendo a ser atentos errantes
Incansáveis e deslumbrados viajantes
De um micro-universo
Reunindo o disperso
Compondo um verso
Ignorando o controverso
Tão aéreos
Que submersos
No etéreo
Saboreando cada despautério
E erguendo seu império
Que como todo império
Depois
Perecerá...
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Fim de ano, começo de ano, mundo mundano, mudando e valsando.. e o melhor post de Março
Salve salve pessoas.. ano novo, vida nova.. estive sumido porque viajei pro Rio de Janeiro.. e poss dizer, continua lindo.. teve a virada em Copacabana com fogos e tudo mais.. ensaio da Mangueira.. muita butecada.. muita praia.. muitos amigos.. enfim.. o ano já começou bem... agora tô aqui colocando tudo em dia.. aquela correria tranquila de quem tá com a bateria recarregada.. vou aproveitar pra colocar o melhor post de Abril aqui e depois vou colocar as leituras em dia..
Boas energias aí pra tod@s.. e vamo que vamo que esse 2009 vai dar trabalho, mas trabalho cheio de frutos...
Estou perdido ou A vida é a arte do encontro...
"A vida é a arte do encontro
Embora haja tanto desencontro..."
- Estou perdido...
- Perdido?
- Perdido...
- Você?
- Sim.. eu!.. Perdido..
- Estranho...
- Eu sei... mas na verdade já não o é tanta assim...
- Ia dizer que você parece bem aí pra mim.
- Mas não estou...
- Como não está? Eu posso pegar em você.. veja...
- Mas isso que você pega não me é de todo...
- Ah é? E o que te seria que não isso? Seu espírito?
- Não.. meu espírito eu penhorei a tempo demais pra fazer qualquer diferença...
- Claro, claro.. posso fazer só um parenteses rapidinho.. valeu.. hoje você tá muuuito estranho... continuando.. e onde você está então?
- Não sei.. como comecei a dizer.. estou perdido..
- Perdido de você mesmo?
- Ora se não é só de mim que poderia sê-lo...
- Precisa de ajuda para procurar?
- Seria um tanto inútil a bem da verdade...
- Faz tempo?
- O que?
- Que está perdido..
- Não.. nem tanto.. eu poderia lhe dizer que uma década, mas seria leviano.. poderia dizer que a 3680000 trilhões de gerações de bactérias A5V7 mas seria rebuscado e barroco...
- Você está realmente estranho hoje... mas e então vamos procurar?
- Já lhe disse que é uma busca sem sentido...
- Ouvi dizer que estas são as melhores.. aquelas que duram uma vida inteira..
- Ou mais...
- Pois é...
- Das que pra aguentar só com boa companhia...
- Era o que dizia aquele sambinha...
- Não.. ele dizia que sem um cigarro, uma cachaça e um carinho ninguém segura esse rojão...
- É mesmo... bom, aceita a companhia sr. Perdido?
- De muito bom grado.. é por cá o caminho da perdição... além da cúpula do trovão nas imediações de Pasárgada... mas aviso que vai ser eterna errância..
- Então nós teremos muito o que conversar....
"Não sei onde eu tô indo
Mas sei que eu tô no meu caminho..."
Boas energias aí pra tod@s.. e vamo que vamo que esse 2009 vai dar trabalho, mas trabalho cheio de frutos...
Estou perdido ou A vida é a arte do encontro...
"A vida é a arte do encontro
Embora haja tanto desencontro..."
- Estou perdido...
- Perdido?
- Perdido...
- Você?
- Sim.. eu!.. Perdido..
- Estranho...
- Eu sei... mas na verdade já não o é tanta assim...
- Ia dizer que você parece bem aí pra mim.
- Mas não estou...
- Como não está? Eu posso pegar em você.. veja...
- Mas isso que você pega não me é de todo...
- Ah é? E o que te seria que não isso? Seu espírito?
- Não.. meu espírito eu penhorei a tempo demais pra fazer qualquer diferença...
- Claro, claro.. posso fazer só um parenteses rapidinho.. valeu.. hoje você tá muuuito estranho... continuando.. e onde você está então?
- Não sei.. como comecei a dizer.. estou perdido..
- Perdido de você mesmo?
- Ora se não é só de mim que poderia sê-lo...
- Precisa de ajuda para procurar?
- Seria um tanto inútil a bem da verdade...
- Faz tempo?
- O que?
- Que está perdido..
- Não.. nem tanto.. eu poderia lhe dizer que uma década, mas seria leviano.. poderia dizer que a 3680000 trilhões de gerações de bactérias A5V7 mas seria rebuscado e barroco...
- Você está realmente estranho hoje... mas e então vamos procurar?
- Já lhe disse que é uma busca sem sentido...
- Ouvi dizer que estas são as melhores.. aquelas que duram uma vida inteira..
- Ou mais...
- Pois é...
- Das que pra aguentar só com boa companhia...
- Era o que dizia aquele sambinha...
- Não.. ele dizia que sem um cigarro, uma cachaça e um carinho ninguém segura esse rojão...
- É mesmo... bom, aceita a companhia sr. Perdido?
- De muito bom grado.. é por cá o caminho da perdição... além da cúpula do trovão nas imediações de Pasárgada... mas aviso que vai ser eterna errância..
- Então nós teremos muito o que conversar....
"Não sei onde eu tô indo
Mas sei que eu tô no meu caminho..."
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