"O objetivo principal não é descobrir, mas refutar o que somos. (...) Não é libertar o indivíduo do Estado e de suas instituições, mas libertar-nos, nós, do Estado e do tipo de individualização que vai ligada a ele. É preciso promover novas formas de subjetividade..." Foucault
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
De volta ou Queimando ao som...
Que quem tanto trampa
Também merece um descanço
Que a vida não é só subir rampa
É preciso balanço
Então eu prontamente corro do sufoco
Deixo as obrigações esperarem um pouco
E como um louco
Danço...
Fui visitar a mama
Que também sou bom filho
Mesmo sendo dos que saem do trilho
Nunca esqueço da dama
A responsável por essa trama
Que me permitiu as possibilidades
Me trocou as fraldas
Achando espaço entre as laudas
Alimentou minhas potencialidades...
Além de muito cinema
Também teve passeio
Ida a Santos
Mesmo com o tempo feio
Nunca é problema
Que a gente rema
Teima
Expande os cantos
Alarga os mantos
Embeleza o tema...
Pra finalizar teve o Skol beats
Em grandiosas companhias
Novas e antigas
Boa gente amiga
Da mais fina maestria
Vibrando ao som dos bits
Delirando na remixagem dos hits
Quebrando as barreiras da matrix
Que é se acabando
Queimando
Ao som do que tá tocando
Que a gente vai se achando...
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
She´s leaving home ou Direito de se matar aos pouquinhos...
http://mixandoassovios.blogspot.com/
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Sobre convites de aniversário ou Venha-se embora pra Pasárgada...
http://salvesalvejorge.blogspot.com/2007/09/venha-se-embora-para-pasrgada-ou.html
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Convite ou Canção do refúgio....
Minha terra tem zoeiras,
Onde se bebe pra daná;
E os malucos que aqui festejam,
Sempre aparecem por lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas lombras têm mais flores,
Nossos bosques têm mais bebida,
E na bebida mais amores.
Ao fazer fumaça à noite,
Mais loucura encontro eu lá;
Minha terra tem zoeiras,
Onde se fuma pra daná.
Minha terra tem sabores,
Que tais não encontro eu cá;
Pra me embalar toda à noite–
Mais lissergia encontro eu lá;
Minha terra tem zoeiras,
Onde se dança pra daná.
Sem que consiga se acabá;
Sem que disfrute os frescores
Que não se permite por cá;
Sem qu'inda participe das zoeiras,
Onde tudo é festejá
Salve salve ilustre pessoa, que mais uma vez eu venho convidar pra vir engrandecer meus festejos de aniversário na famigerada e mais que tradicional chácara do Gordo, na travessa da perdição sem número, no rumo do amanhecer vindouro. Tal celebração dar-se-á no dia 25/10 a partir das 22h horas, bastando levar a mente aberta, as pernas agitadas, uma caixa de cerveja e ânimo pra mais uma empreitada...
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Pra quem incendeia ou Doce acidez...
Ela é um delírio
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Eu e minhas páginas em branco ou Vermelho...
- E então?
- Nada...
- Quer um cigarro?
- Já fumei oito.
- Sabe o que dizem...
- Nove pra dar sorte?
- Noves fora zero.
- Quem diz isso?
- Meu avô.
Ele resignou-se, pois se vinha de um avô, alguma sabedoria devia ter aquilo. - Certo. E seu avô fumava muitos cigarros e escrevia muitos livros, eu suponho.
- Não. Mas assim como você, ele contava histórias.
- Mas é muito mais fácil quando se está só entretendo uma criança e não ganhando o pão nosso de cada dia.
- Se você diz.. - ela disse parando para acender o cigarro, protegendo a chama com a mão em concha e mudando a perspectiva do assunto. - Eu sempre adorei as histórias dele. - soprou a fumaça como se isso fosse um argumento. - Elas sempre me faziam pensar que tinha mais coisa que eu queria saber.
- As boas hstórias são assim.. - ele disse aquilo sem se importar nem um pouco, enquanto tilintava o indicador na tecla tão indiferente quanto ele. - Eu queria ter uma boa história pra contar...
- Por que você não conta sobre a vez em que matou o dragão? - soprou a fumaça que formava uma densa névoa ao redor dela, como se o ar fosse a página daquela personagem.
- Eu não mato dragões... - ele disse abanando a fumaça.
- Bom.. então você pode falar sobre quando fez a lua descer no lago só pra me provar que ela não era de queijo.. e que não tem nenhum coelho estampado nela.. - ela soprou a fumaça pelas narinas, enquanto apoiava o cotovelo fumante numa palma de mão, de forma aristocraticamente ereta, tornando a névoa rebuscadamente vermelha, como um manto ou um par de asas cor de sangue.
Ele riu achando uma graça boba dela.. - Ninguém quer saber das nossas intimidades.. isso só tem graça pra nós dois...
- E não é um bom começo?
- Sou horrível com começos..
- Querido. Não importa o que você conta.. é como você conta, que conta. - a brasa incadecente quebrou o silêncio fumegando possibilidades, alaranjada no mundo vermelho-neon como um bordel de beira de estrada.
O dedo dele apertou um "S".. depois um "e".. - Mas falta a matéria prima... - "espaço"...
- Ela nunca falta. Ela só sobra. Ela afoga. Ela queima. Ela teima. Ela assoma. Ela roga. Ela droga. Entorpece. Agora.. - e tomou o indicador dele colocando no umbigo dela.. - Faltam olhares e explosões incandecentes de lava... - ela sentou no colo dele recolhendo as asas e deixando o mundo dele abafado sob sua cascata flamejante. O dedo subira do umbigo para os despautérios dela. - Tenho uma matéria prima pra você... - e riu diabolicamente...
- Eu conheço essa história - ele sorriu com ironia esquecendo de ser gaivota num céu azul, como se isso pudesse defendê-lo.
- Ah... mas eu nunca te contei ela desse jeito...